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Monitor da Violência: Pernambuco fica atrás de apenas dois estados no total de crimes violentos no 1º semestre de 2023; saiba quais

19 de agosto de 2023

/ by visao surubim

 Segundo o site https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia: Foram 1.722 casos de homicídios, latrocínios e lesões corporais de janeiro a junho deste ano. Taxa de crimes violentos por 100 mil habitantes em PE é a mais alta do Nordeste.

Pernambuco foi o terceiro estado com maior número absoluto de crimes violentos do Brasil no primeiro semestre de 2023, com 1.722 casos de homicídios (incluindo feminicídios), latrocínios (roubos seguidos de mortes) e lesões corporais que causaram mortes. Os dados são do Monitor da Violência, levantamento do g1 com base nos números da Secretaria de Defesa Social (SDS).

Apenas a Bahia e o Rio de Janeiro registraram mais crimes violentos que Pernambuco, com 2.515 ocorrências e 1.790 casos no primeiro semestre de 2023. O resultado de Pernambuco de janeiro a junho deste ano é pior do que o de estados populosos como São Paulo, que teve 1.509 registros, e Minas Gerais, com 1.272.                                                                                 



Levando em consideração a taxa por 100 mil habitantes, Pernambuco é o estado mais violento do Nordeste e o segundo do país. Foram registrados 17,8 crimes violentos a cada 100 mil residentes no estado. A taxa média do Brasil no mesmo período foi de 9,2. O único estado com um resultado proporcional maior foi o Amapá, com 19,9 crimes a cada 100 mil pessoas.                                                                                                                                        Embora o cenário seja alarmante, Pernambuco teve uma redução de 4,8% nos crimes violentos em relação ao primeiro semestre de 2022. A queda foi maior do que a média nacional, que registrou uma redução de 3,4%. No resultado mês a mês, apenas fevereiro de 2023 teve mais crimes do que no mesmo período do ano anterior.                                                                                                                                 O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e do Fórum Brasileiro da Segurança Pública (FBSP).

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Embora a criminalidade tenha decaído, o ritmo da redução ainda não é suficiente para tirar o estado do ranking dos mais violentos do país. A 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, mostrou que Pernambuco tem cinco das 50 cidades mais violentas do Brasil e registrou 3.423 assassinatos em 2022.

Somente na Região Metropolitana do Recife, foram registrados mais de mil tiroteios neste ano, de acordo com o Instituto Fogo Cruzado, que monitora casos de violência em grandes metrópoles do país.

Juntos pela Segurança

Foi lançado, no dia 31 de julho, o Juntos pela Segurança, nova política de segurança pública estadual que substitui o Pacto Pela Vida. Na ocasião, foram anunciadas a criação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização e a abertura de um concurso público para contratação de 3.805 novos profissionais de segurança, incluindo policiais militares, civis e bombeiros militares.                                                                                             O Juntos pela Segurança foi apresentado sem um plano de ação ou metas que devem ser alcançadas pelos próximos anos. Na ocasião, foi iniciada a uma consulta pública para a construção do plano, que deve ser entregue em 28 de setembro.            Dois dias após o lançamento, a secretária estadual de Defesa Social, Carla Patrícia Cunha, foi entrevistada pela TV Globo sobre a segurança pública em Pernambuco. Na ocasião, ela admitiu que os resultados das ações nessa área "ainda não são bons, mas estão reduzindo".                                                                                                      Na quarta-feira (16), o g1 entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para saber sobre o andamento da elaboração do plano de segurança e as metas que devem ser atingidas pelos próximos anos, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.        

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