Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Anatomia feminina facilita a entrada de bactérias e fungos no trato urinário
Sinais e sintomas da infecção urinária variam conforme o órgão afetado - Foto: ArtPhoto_studio/Freepik A infecção urinária é um problema desencadeado por bactérias e fungos que invadem e multiplicam-se no trato urinário. Ela acomete principalmente as mulheres, por conta da anatomia feminina: menor extensão da uretra (tubo pelo qual a urina é expelida da bexiga) e maior proximidade entre a vagina e o ânus. Também conhecida como infecção do trato urinário (ITU), esse é um tipo de infecção muito comum e, por vezes, seus sintomas não aparecem.O problema pode ser dividido em infecções da uretra (uretrite), da bexiga (cistite) ou do rim (pielonefrite). No homem podemos, ainda, englobar as infecções associadas à próstata (prostatite) ou aos testículos (orquite e orqui-epididimite).
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Quais são os sintomas da infecção urinária?
Os sinais e sintomas da infecção urinária variam conforme o órgão afetado. Nos casos mais comuns de infecções da bexiga (cistite), as queixas mais frequentes são:
Dores, ardor ou desconforto ao urinar Necessidade de urinar várias vezes e geralmente em pequenas quantidades
Presença de urina turva e/ou mau cheiro
Pode ocorrer de aparecer sangue na urina, mais comum em pessoas que fazem medicamentos para as plaquetas ou para a coagulação do sangue.
As infeções localizadas ao rim costumam ser mais graves e necessitar de tratamento mais prolongado. O paciente com infecção do rim costuma apresentar: Febre
Mal-estar
Náuseas ou vômitos
Dor lombar do lado do rim afetado O paciente pode apresentar também as mesmas queixas descritas para as infeções da bexiga
As infeções da uretra costumam causar os seguintes sintomas:
Ardor ao urinar (mais comum no início e ao final da micção)
Corrimento pela uretra, esbranquiçada, amarelada ou transparente
Os sintomas de infeções da próstata são menos específicos:
Febre Dor ou ardor a urinar
Diminuição do jato da urina ou mesmo incapacidade para urinar
Dor na região entre o escroto e o ânus (dor perineal).
A presença de mal-estar geral, dores musculares generalizadas, perda de apetite, náuseas e vômitos pressupõem a existência de uma infecção grave, disseminada pelo corpo e geralmente determinam a necessidade de internamento hospitalar para tratamento.
Como é o tratamento da infecção urinária?
Após iniciar o tratamento, os sintomas costumam durar de 2 a 3 dias, mais rápido para as cistites e mais lento para as prostatites e pielonefrites. No caso de febre persistente é necessária uma investigação mais pormenorizada, pois a terapêutica instituída poderá não ser eficaz ou ser necessário outro tipo de tratamento.
Em alguns casos podem não existir sintoma, assim chamadas infecção urinária assintomática, mais comuns nos pacientes idosos, e geralmente não necessitam de tratamento.
As grávidas são um grupo de exceção, para o qual é recomendado tratar todas as infeções urinárias, mesmo que não originem sintomas.
O tratamento depende do diagnóstico, do patógeno que está causando a infecção, além do órgão afetado. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais como de urina rotina, urocultura (exame definidor do diagnóstico), e antibiograma.
Para tratar a infecção urinária, normalmente são prescritos antibióticos e analgésicos para aliviar a dor nas vias urinárias.
O que causa a infecção urinária?
A maioria das infeções urinárias é provocada por bactérias. Em alguns casos, podemos encontrar também infeções por fungos, geralmente em pacientes diabéticos ou quando o sistema imunológico está enfraquecido. As infeções do trato urinário por vírus ou parasitas são raras.
As mulheres apresentam mais risco de desenvolverem infeções urinárias — 80% a 90% dos casos ocorrem nelas — pelo fato de possuírem uma uretra mais curta e maior proximidade da vagina com o ânus. Geralmente, a infecção urinária feminina ocorre por contaminação de microrganismos da região vaginal ou perianal e associa-se com frequência a condições que alterem o pH da vagina como, por exemplo, a menstruação, utilização de produtos de limpeza vaginais, infecções fúngicas vaginais (candidíase) ou mesmo o envelhecimento (diminui a eficácia dos mecanismos protetores contra as infeções urinárias).
A condição é mais prevalente na idade reprodutiva e nas mulheres que estão na menopausa, devido à queda do estrogênio e de alterações no tipo e quantidade de micro-organismos que protegem a vagina.
A atividade sexual também constitui um mecanismo frequente para o desenvolvimento de infecções urinárias de repetição: a relação sexual aumenta as chances de introdução de bactérias para o interior da vagina e a subida destas bactérias pela uretra até a bexiga.
A infecção urinária na gravidez é relativamente comum e deve ser objeto de tratamento, mesmo que as mulheres não tenham sintomas. As infeções urinárias constituem riscos consideráveis para a saúde da gestante e do feto, como tal devem ser avaliadas cuidadosamente.
A infecção urinária masculina é menos comum e surge, normalmente, quando o paciente não consegue esvaziar totalmente a bexiga. Esta situação pode acontecer em condições como o aumento benigno da próstata ou em estenoses (apertos) da uretra.
A infecção urinária nos homens pode transmitir-se à próstata (prostatite), epidídimo (epididimite) e testículo (orquite/orquiepididimite), sendo que, nestes casos, o tratamento é mais prolongado que aquele preconizado para as infeções simples da bexiga (cistite).
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, são fatores de risco para a infecção urinária em adultos:
Sexo feminino;
Menopausa;
Higienização íntima inadequada antes e após o ato sexual;
Litíase (cálculo) renal;
Alterações na próstata;
Histórico de procedimentos urológicos, e de uso recente de sonda vesical;
Como prevenir a infecção urinária?
A Sociedade Brasileira de Nefrologia dá as seguintes dicas para prevenir e evitar a infecção urinária:
Ingira bastante líquido, de preferência água;
Não demore para urinar, caso tenha vontade;
Urine e faça higiene prontamente após a relação sexual;
Lave as mãos antes e após urinar e/ou evacuar;
Não tome medicamentos por conta própria! Em caso de sinais ou sintomas, procure um médico para diagnóstico e tratamento corretos.
*Estagiário sob supervisão de William Helal
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