Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Ferramenta foi introduzida em 2020 após ser 'treinada' com dados de 6 mil a 13 mil registros sobre violência desse tipo
A polícia do Japão confirmou que deixou de prestar atendimento a uma criança baseada em recomendações feitas por uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA). A mãe está sob custódia por suspeita de lesão corporal que levou à morte de sua filha, que tinha apenas 4 anos de idade.O caso aconteceu na cidade de Tsu, na província de Mie, próximo de Nagoia, onde foi utilizado um programa de IA introduzido em 2020 após ser “treinado” com dados de 6 mil a 13 mil registros sobre violência desse tipo. As autoridades locais adotaram o serviço com intuito de que o programa ajudasse a reduzir a carga sobre os centros de consulta infantil, que prestam serviços de proteção à criança no Japão.
“Os números da IA são apenas para referência. Não estamos em posição de tirar uma conclusão se o método de utilização desses dados usado desta vez foi 100% bom”, afirmou o governador da província de Mie, Katsuyuki Ichimi, em entrevista coletiva nesta terça-feira, destacando a necessidade de julgamento dos responsáveis pela vítima.
Antes da morte da criança, o programa utilizado pelo governo teria determinado para o caso uma taxa de proteção necessária de “39%”. Com isso, a mãe da menina foi procurada e, segundo o portal Asahi Shimbun, mostrou-se disposta a ouvir conselhos de um especialista em orientação pedagógica.
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Mãe e a filha se reuniram com funcionários do centro de consulta infantil em fevereiro de 2022, após testemunhas denunciarem a presença de hematomas no corpo da criança. Baseada nas recomendações da ferramenta, porém, as autoridades locais optaram por não colocar a menina sob custódia temporária, com intuito de seguir apenas acompanhando o caso. Com a ajuda da IA, foi decidido que seriam feitas visitas ocasionais à família, com a menina permanecendo com a mãe. A ferramenta teria feito um “cálculo” de segurança, apontando que os hematomas não eram causados por abuso e que a mãe mostrou disposição em cooperar.
A criança, no entanto, deixou de ir à escola por longos períodos, mas a ferramenta não recomendou que uma visita, por exemplo, fosse feita. Segundo o Japan Times, o centro de consulta infantil falhou em verificar a situação da garota ao longo de um ano. Números de 2019 apontam que o serviço de IA estava presente em cerca de 6.250 creches em todo o país.
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