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PF faz buscas em Petrolina contra neonazistas que teriam induzido autor de ataques em Aracruz

4 de junho de 2023

/ by visao surubim

 Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Suspeita é que o grupo teria estimulado menor a invadir escolas no Espírito Santo

Deflagrada nesta sexta-feira (2), pela Polícia Federal (PF), a Operação Bedel cumpre mandados de busca e apreensão em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e em São Paulo, contra integrantes de um grupo neonazista que usava aplicativos de mensagem para compartilhar “material de extremismo violento ideologicamente motivado”.

Há suspeita de que integrantes do grupo tenham induzido assassinatos cometidos em 25 de novembro de 2022, em Aracruz, no Espírito Santo, por um menor de 16 anos.

Investigadores apontam que o grupo divulgava tutoriais de assassinato no aplicativo de mensagens, além de vídeos de mortes violentas, de fabricação de explosivos e de promoção de ódio a minorias.

Havia também, em meio aos materiais divulgados, vídeos descrevendo ideais neonazistas.

Em 25 de novembro de 2022, um adolescente de 16 anos entrou em duas escolas da cidade de Aracruz, no Espírito Santo, e efetuou disparos de arma de fogo. Quatro pessoas morreram, e outras 13 ficaram feridas. O autor do ataque foi apreendido.                                                                      Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, os ataques teriam sido planejados há pelo menos dois anos. O adolescente é filho de um policial militar.

Extremismo violento

“A investigação demonstrou que os arquivos de conteúdo de extremismo violento encontrados no aparelho celular do menor foram baixados do canal do aplicativo que ele participava”, informou a PF.

“O uso da cruz suástica na vestimenta do menor no momento do ataque demonstra a influência de ideologia neonazista recebida pelo grupo de aplicativo, reforçando a tese de que o atentado foi cometido por razões de intolerância a raça, cor e religião com o fim de provocar terror social, o que configura o crime de terrorismo”, acrescentou.

A PF informou que a empresa do aplicativo de mensagens pouco cooperou com a investigação. No entanto, mesmo sem a obtenção de boa parte dos dados solicitados, os investigadores conseguiram identificar dois integrantes que atuavam de forma ativa, “com postagens de teor racista e antissionista”.                                             De acordo com a PF, se somadas, as penas máximas dos crimes investigados atingem 72 anos de reclusão, “lembrando que tanto o crime de terrorismo quanto o de homicídio qualificado são considerados hediondos pela legislação”.  


  

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