Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: STJ determinou a análise dos demais processos baseados, de acordo com ministros, apenas nas fotos disponíveis na delegacia de Belford Roxo
Prisão de Paulo Alberto
Paulo, um homem negro e de família humilde, é natural de Paudalho, em Pernambuco. Ainda criança, mudou-se com a família para São Paulo e, após o divórcio dos pais, seguiu com a mãe e a irmã, Paula Silva, para a Baixada Fluminense. Ele estudou apenas até a 8ª série, por causa de dificuldades financeiras.
— Foi uma caminhada de 3 anos muito dolorosa e difícil pra todos nós. Mas, no fundo, a gente sabia que a justiça ia ser feita e que alguém ia ver essa quantidade de erros que estavam cometendo com meu irmão — afirma Paula ansiosa pelo reencontro com o irmão.
De acordo com a família, "Paulo era conhecido e querido da vizinhança", até ser preso em 6 de março de 2020, sob a acusação de ter cometido 59 roubos de veículos, cargas, uma receptação, um homicídio e um latrocínio na mesma região.
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Documentos apresentados pelo Instituto de Defesa pelo Direito de Defesa (IDDD), responsável pela defesa de Paulo, mostram que todos os processos contra o porteiro, de 2017 a 2020, basearam-se em reconhecimentos fotográficos.
A secretária disse ainda que "desde 2020, a Polícia Civil orienta aos delegados o não uso, de forma exclusiva, do reconhecimento indireto por fotografia como única prova em inquéritos policiais para pedir a prisão de suspeitos. A instituição informa que o método, que é aceito por lei, é um instrumento importante para o início de uma investigação, mas deve ser corroborado por outras provas técnicas e testemunhais, como a formalização de um reconhecimento presencial do suspeito".
Decisão da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça
Em votação nesta quarta, feita por vídeo, os ministros assumiram que a prisão de Paulo foi falha por ter se baseado, principalmente, no reconhecimento de fotos, retiradas de redes sociais e incluídas no álbum e no mural de suspeitos da Delegacia de Belford Roxo (RJ).
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