Segundo o site https://diaadia.jp/blog: O primeiro advogado brasileiro que se formou no Japão, trabalha na província de Aichi e está ajudando a comunidade estrangeira.
Renan Eiji Teruya, 30, natural de São Paulo, é nikkei e há quatro anos se tornou o primeiro advogado brasileiro formado no Japão.“Há muitos casos de acidentes, divórcio e problemas com vistos de estrangeiros”, disse Teruya.
Segundo Teruya, 90% dos casos que ele advoga são de brasileiros. Atualmente, existem poucos advogados brasileiros atuando no Japão. Normalmente, Teruya cuida de muitos casos, por isso, está sempre com a agenda cheia. Eiji veio ao Japão com 8 anos, acompanhando sua mãe, que veio ao país como “dekassegui”.
“Pensei em fazer algo que poderia ajudar a minha mãe que trabalhava sozinha para sustentar a casa, queria ser uma pessoa que ela poderia contar”, disse ele.
A mãe dele o criou sozinha, trabalhando de manhã cedo até a noite na fábrica. Vendo o esforço da mãe, Teruya ficou motivado e quis retribuí-la.
Ele estudava 10 horas por dia, até ser aprovado na Universidade de Nagoya, onde cursou direito. Ele foi aprovado logo em sua primeira tentativa no Exame da Associação Profissional de Advogados.
Há quatro anos, Teruya trabalha como advogado no Japão e vem ajudando muitos estrangeiros que passam por dificuldades.
Em um dos casos no qual ele advogou, uma empresa fez o funcionário assinar um contrato em japonês, dizendo que o desligamento da empresa era uma “demissão voluntária”.
“Independentemente da nacionalidade, todos estão fazendo o possível para viver suas vidas. Por não saberem a língua, algumas pessoas são enganadas, sendo persuadidas a assinar contratos que não entendem. Quando eu soube disso, fiquei muito triste”.
Os trabalhadores estrangeiros foram os primeiros a serem cortados durante a crise de 2008 (‘Lehman Shock’) e durante a pandemia do coronavírus.
Atualmente, existem 130 mil brasileiros que trabalham no Japão, por isso, pessoas como Renan Teruya são importantes para a nossa comunidade.
“Tudo pode mudar se as pessoas descobrirem que ao precisar de ajuda jurídica em português ou em espanhol, elas podem contar comigo”, disse Teruya.
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