De acordo com a Reuters, o anúncio deve ser feito por autoridades americanas e da UE no final desta semana, durante reunião das principais economias que emitem carbono -uma prévia da COP-26, que será realizada em Glasgow, a mais populosa cidade escocesa e referência global pelo compromisso com a sustentabilidade.
Leia também
• Comunidade muçulmana nos EUA cresceu após 11 de Setembro, mas islamofobia permanece
• Polícia dos EUA prende supremacista branco armado com facas nos arredores do Capitólio
• Migrantes iniciam greve de fome no México para exigir trânsito livre aos EUA
• Talibã agradece ao mundo pela ajuda prometida e pede generosidade aos EUA
Trecho do documento que embasa o acordo divulgado pela agência de notícias argumenta que "a curta vida atmosférica do metano significa que tomar medidas agora pode reduzir rapidamente as taxas de aquecimento global".
Após o aguardado lançamento do relatório do IPCC em meados de agosto, especialistas projetaram que, se as emissões de metano forem reduzidas em 40% ou 45% na próxima década, seria possível limitar em 0,3 grau o aumento da temperatura até 2040 -o Acordo de Paris, documento mais relevante sobre o tema, fixa o objetivo de impedir que o aquecimento global ultrapasse 2º C até 2100 (de preferência, não mais que 1,5º C).
Mesmo durante a pandemia de Covid, com políticas de lockdown e isolamento social que, em alguns casos, mostraram ligeiras diferenças positivas no meio ambiente, as emissões de gases de efeito estufa cresceram em 2020. No caso do metano, de forma ainda mais preocupante: análises da Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA mostram que a quantidade média do gás na atmosfera cresceu 14,7 ppm (partes por milhão) no período, o maior aumento anual desde que a medição começou, em 1983. No caso do dióxido de carbono, o aumento foi de 2,6 ppm.
Os planos a serem traçados para consolidar a meta de redução das emissões de metano estariam voltados para as principais fontes emissoras do gás: os setores de petróleo e gás, as atividades agrícolas e os aterros sanitários. A inovação tecnológica seria a ponta de lança para tornar a redução possível sem que, para isso, as economias nacionais fossem enfraquecidas.
O anúncio vem na esteira de outras metas já estruturadas para mitigar a emergência climática e preparar o terreno para a COP-26. Em abril, durante a Cúpula do Clima promovida pelos EUA, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que o país vai cortar 50% das emissões de gases causadores do efeito estufa até 2030. Disse, ainda, que o objetivo é zerar as emissões líquidas de carbono até 2050 e exortou as demais economias mundiais a assumirem responsabilidade semelhante.
Nenhum comentário
Postar um comentário