Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: O presidente Erdogan visitou hoje a região mais afetada para demonstrar sua solidariedade com as vítimas e avaliar os danos
De acordo com um balanço provisório da Agência Governamental de Desastres Naturais (Afad), 29 pessoas morreram na província de Kastamonu, às margens do Mar Negro, e outras duas na vizinha Sinop. O número de desaparecidos ainda está indeterminado.
O presidente Erdogan visitou hoje a região mais afetada para demonstrar sua solidariedade com as vítimas e avaliar os danos.
"A tristeza de vocês é a de todos nós. O Estado está com vocês com todos os meios disponíveis", declarou Erdogan antes de comparecer ao enterro das vítimas.
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Várias lideranças políticas e associações pediram ao governo turco que tome medidas radicais para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, já que atribuem estes desastres à mudança climática.
A Turquia não ratificou o Acordo de Paris sobre o Clima de 2015, que estabeleceu metas a serem atingidas para se conter o aquecimento global.
Como consequência das fortes chuvas, o nível da água subiu até quatro metros em algumas localidades, e as ruas das cidades se viram tomadas de escombros, lama e carros revirados.
Adem Senol, de 75 anos, conta como a água cercou sua casa na província de Bartin em apenas poucos minutos.
"Nunca vi uma coisas dessas na minha vida", disse este aposentado à agência de notícias pública Anadolu.
"A água subiu mais alto do que as nossas janelas, levou a porta e derrubou até o muro do jardim", acrescentou Senol.
Hospitais da região tiveram que evacuar seus pacientes.
Os moradores se viram obrigados a buscar abrigo no telhado das casas, e vários foram retirados de helicóptero, como mostram imagens veiculadas pelas emissoras de televisão e nas redes sociais.
Várias pontes rodoviárias desabaram, após deslizamentos de terra.
Abalados, alguns sobreviventes começaram a manifestar sua indignação com as autoridades locais, acusando-as de não terem reagido na velocidade necessária para socorrer os moradores.
"Eles nos disseram apenas para salvar nossos veículos, porque o rio corria o risco de transbordar. Não nos disseram para salvar nossas vidas, nem a dos nossos filhos", criticou Arzu Yücel, cujas duas filhas gêmeas estão desaparecidas desde o desabamento do prédio onde moravam.
"Se tivessem nos alertado, teríamos saído em menos de cinco minutos (...) Não nos pediram para deixar o local", lamenta a moradora, citada pela agência de notícias DHA.
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