Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Em um ambiente ainda ocupado predominantemente por homens, a atuação das mulheres na área vem sendo cada vez mais forte
Quando você pensa em profissionais que atuam conduzindo veículos, gerenciando atividades de trânsito e transporte ou desenvolvendo tecnologias de mobilidade, qual as primeiras imagens que lhe vêm à mente? Você imagina um homem ou uma mulher nessas ocupações? Ou, alterando um pouco a pergunta, quantas mulheres você já viu atuando nessa área? Em um ambiente ainda altamente masculino, a presença feminina não costuma passar despercebida, sendo alvo, muitas vezes, de olhares ou comentários surpresos ou machistas, mas, não por isso, deixando de existir e ser exercida. Maquinista há mais de três décadasHá 33 anos como maquinista da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a recifense Sandra Abreu, de 56 anos, recorda-se bem de momentos preconceituosos que vivenciou no início da carreira. “Muitos usuários chegavam à cabine para perguntar se era realmente a gente que estava na condução do trem. Então, eles aguardavam o próximo trem, esperando que um homem estivesse na condução, para só então fazer o trajeto da viagem”, lembrou. “A gente explicava a eles que podiam vir conosco, sem qualquer problema, mas, no entanto, no início, nós passamos por essa situação um pouco preconceituosa”, acrescentou.
Muito mais do que ser condutora
Como destaca Sandra, a formação do maquinista vai além da condução do veículo: “Temos treinamento para saber a parte pneumática do trem, a parte elétrica, a parte de comunicação”. E, com o passar dos anos, afirma, o preconceito reduziu: “Foi acabando e diminuindo sensivelmente e os usuários foram se acostumando a ver mais mulheres na condução do trem”.
Se há 30 anos passageiros se recusavam a ingressar em um trem conduzido por mulheres, hoje, eles, e em especial elas, aguardam para seguir viagem com a motorista de ônibus Lúcia Rocha, de 44 anos de idade. “Muitas vezes as pessoas esperam, perguntam se eu estou na linha para vir também, porque gostam de andar comigo. O carro cheio e elas vêm mesmo assim”, contou.
Ainda são poucas no setor rodoviário
Lúcia Rocha atua no Terminal Integrado da Macaxeira - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco
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