Segundo o site https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo: Toneladas de lixo plástico e químico continuam a serem desovadas nas praias do Sri Lanka, expelidas por um navio cargueiro em chamas na ilha do Oceano Índico.
O X-Press Pearl pegou fogo há 12 dias em condições ainda misteriosas e as autoridades lançaram uma investigação, mas são criticadas por negligência. Sébastien Farcis, correspondente da RFI no Sri LankaToneladas de granulados de plástico, que ocupam os contêineres de carga, são despejadas na costa do sudoeste do Sri Lanka, perto de Colombo, todos os dias. Muitas equipes de limpeza correm contra o relógio para tentar recuperá-los.
No entanto, mais preocupante ainda é o fato da enorme embarcação, que pegou fogo a 14 km da costa do Sri Lanka, também poder liberar ácido nítrico: 25 toneladas desse produto químico estavam a bordo.
A polícia está analisando as amostras de água do mar para ver se o vazamento é significativo e começa a questionar a tripulação nesta segunda-feira (31).
Já se fala sobre uma das piores poluição marinhas da história do país. Para o ativista ambiental Ajantha Perera, as autoridades do Sri Lanka poderiam ter previsto este desastre ecológico.
“Vários países, como o Qatar ou a Índia, se recusaram a receber este navio que transportava produtos tóxicos. Quem teria permitido que ele entrasse nas águas do Sri Lanka? Devemos responder a esta pergunta e, em seguida, melhorar a formação dos responsáveis pelas autoridades marítimas para evitar que tais desastres voltem a ocorrer", analisa Perera.
Após seis dias lutando contra as chamas, os guardas costeiros do Sri Lanka e da Índia finalmente conseguiram conter as chamas a bordo. Mas o barco ainda pode quebrar ao meio e causar um gigantesco derramamento de óleo.
Anomalia
No domingo (30), a Autoridade de Proteção Ambiental Marinha do Sri Lanka que deu queixa e abriu uma investigação criminal para apurar a responsabilidade do acidente. Há vários dias, o órgão público denuncia o que pode se tornar a pior poluição marinha da história da ilha.
De acordo com as autoridades locais, uma anomalia teria sido detectada no cargueiro vários dias antes do incêndio. É sobre este ponto em particular que o capitão e os 24 tripulantes serão interrogados nesta segunda-feira. Amostras de água do mar poluída e detritos queimados do barco foram coletadas pela polícia de Colombo para análise.
Os destroços foram parar em uma área conhecida por suas praias, mas também por ser uma importante área de pesca. Agora, o acesso é proibido ao largo do litoral por cerca de 80 km. Os 4.500 pescadores afetados serão indenizados, prometeu o governo do Sri Lanka.
Nenhum comentário
Postar um comentário