De acordo com professora de história Marcela Pessoa, a seca aliou uma crise do principal produto econômico da época, o açúcar, a um descaso da corte com o Nordeste e gerou um desgaste na relação entre a capitania e a coroa. "No dia 6 de março de 1817, os revoltosos tomaram o poder da capitania e proclamaram a república pernambucana, inclusive, organizando uma assembleia constituinte", explica.
A organização desagradou bastante o governo português, que enviou diversos oficiais de Portugal e do Rio de Janeiro para Pernambuco em uma tentativa de dominar a capital do país, Recife. "Os oficiais reagiram de forma violenta e cercaram a capitania, torturando, enforcando e esquartejando cerca de nove pessoas envolvidas diretamente no movimento", comenta Marcela.
Com a repressão, a "República Pernambucana" chegou ao fim 70 dias após o seu começo, em 19 de maio de 1817. Na época, Pernambuco era maior e foi separado para abrigar os fiéis da coroa, dando origem a Alagoas.
Bandeira de Pernambuco é "herança" do movimento
Confeccionada em 1817 durante o auge da revolução, a bandeira Pernambucana foi criada pelo padre João Ribeiro de Melo Montenegro juntamente o alfaiate com Antônio Alves José. A criação virou simbolo do movimento de resistência da Nova República e seguiu a capitania em sua transformação.
Em votação realizada na internet em janeiro de 2020, a bandeira pernambucana foi eleita pelos internautas como a mais bonita em linha reta.
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