Na fronteira da cidade paraguaia com Ponta Porã (MS), após a fuga, três caminhonetes foram queimadas.
Ao todo, o governo paraguaio afirma que fugiram 40 brasileiros e 35 paraguaios. Um 36º preso paraguaio que tentou fugir foi pego ainda dentro de um túnel que ligava uma das celas até o lado de fora do presídio.
A saída desse túnel fica quase debaixo de uma guarita da muralha e entre outros dois postos de segurança. Mas nada disso impediu a fuga em massa.
Lei do silêncio
Oficialmente, a polícia não confirma nem refuta os cálculos. Mas investigadores brasileiros e paraguaios, sob anonimato, os validam. Há, atualmente, uma "lei do silêncio" entre as autoridades envolvidas na apuração.
Policiais paraguaios dizem ter a certeza de que integrantes importantes do PCC utilizaram os carros queimados para chegar ao Brasil. Até esta publicação, 11 dos fugitivos haviam sido recapturados.
Um dos principais suspeitos de ter financiado e organizado a fuga é o brasileiro David Timóteo Ferreira, 36, na lista dos fugitivos. Quando estava no Brasil, segundo o MP (Ministério Público), ele financiava, com armas e dinheiro, grandes assaltos a empresas de valores.
Feliciano Martinez, chefe da divisão de investigações da polícia paraguaia em Pedro Juan Caballero, explicou à reportagem que, na madrugada da fuga, recebeu um alerta sobre o assunto e, imediatamente, se iniciaram os trabalhos para tentar resgatar os fugitivos.
"Era um pavilhão de membros do PCC e de paraguaios que haviam sido batizados pelo PCC", afirmou.
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