No meio da manhã, o barril de Brent subia 4,5%, até chegar a US$ 69,23, e o de WTI aumentava 4,1%, até US$ 63,71, frente ao temor dos investidores de um conflito na região.
“Temem que o Irã tome represálias pelo assassinato de Soleimani”, disse à AFP Thina Margrethe Saltvedt, uma analista da Nordea Markets, explicando que Teerã pode atacar “instalações petroleiras, ou infraestruturas de transporte”.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, pediu uma “severa vingança” pela morte de Soleimani. Segundo Cailin Birch, uma economista da The Economist Intelligence Unit, os mercados temem, sobretudo, “um conflito mais amplo”.
“A importância deriva menos da perda potencial dos abastecimentos de petróleo iraniano (…) do que do risco de que se possa deflagrar um conflito mais amplo que arraste Iraque, Arábia Saudita e outros”, disse à AFP.
“Também existe um risco significativo de que o Irã lance um ataque seletivo contra navios americanos na região, o que pode interromper os fluxos de petróleo no mar e fazer os preços continuarem a aumentar”, acrescentou.
Os preços do petróleo dispararam em setembro, após os ataques contra duas instalações petroleiras da Arábia Saudita que reduziram brevemente à metade sua produção de cru.
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