“Teve um atendente que me disse 'a senhora deveria mudar seu nome'. Eu não vou mudar meu nome depois de velha. Acho que é falta de responsabilidade de quem lida com esses documentos. Sei que Maria José tem muitas, mas eu tenho o nome dos meus pais que me diferencia”, afirmou a aposentada. A filha da beneficiária, Poliana Gomes, já tentou resolver o problema presencialmente, nas agências, e por telefone, mas até esta quinta (8), não teve sucesso.
“Normalmente sou eu quem recebe e, dessa última vez, a atendente do banco me disse que o benefício estava suspenso. Ela me disse que eu tinha que ligar para o 135, mas não consigo resolver”, disse.
De acordo com a família, não demorou tanto para resolver o equívoco das outras vezes em que Maria José foi declarada morta. “Dessa vez, desde novembro estou sem receber dinheiro”, disse a aposentada, que depende do salário mínimo para arcar com custos de medicamentos e pagar contas.
Outro caso
Em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, outra família tem tido dificuldades para receber o benefício. Com 80 anos e dificuldades de locomoção, a mãe de Carlos Roberto Barbosa recebia o dinheiro através do filho, que sacava no banco. No segundo semestre de 2019, o saque deixou de ser autorizado. Mãe de Carlos Roberto Barbosa tem dificuldades de locomoção, mas precisa ir à agência do INSS para receber benefício — Foto: Reprodução/TV Globo
“A gente faz o mesmo procedimento há dez anos para renovar a minha procuração. Em julho, fizemos de novo e, até o momento, não foi reconhecida. Quando chego no banco, não posso sacar em nome da minha mãe”, afirmou Barbosa. Sem a autorização, a única forma de a aposentada ter acesso à quantia é indo pessoalmente ao banco. O problema tem gerado dificuldades para a família. “Temos que colocar a minha mãe numa cadeira de rodas e alugar um carro grande para ela ir”, disse o filho da aposentada.
A reportagem procurou o INSS, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
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