Isso acontece porque, segundo o presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), Elias Sfeir, as cooperativas, áreas de insumos, revendas e até mesmo o próprio agricultor, muitas vezes, acabam não passando pelo sistema.
O maior entrave é pelo fato da nota de crédito se resumir apenas a ser negativado ou não.
A ANBC, que representa as empresas SPC Brasil, Serasa, Boa Vista e Quod, e que fez um levantamento sobre o acesso ao crédito rural no Brasil, esclarece que a situação poderá mudar em breve com a chegada do Cadastro Positivo.
Os clientes em geral conseguem comprar a prazo em lojas e contratar empréstimos com mais facilidade, graças ao Cadastro Positivo, e isso deverá se estender aos produtores rurais.
O sistema reúne informações sobre os consumidores que pagam seus compromissos relacionados à contratação de crédito (empréstimos, financiamentos e crediários).
Com o Cadastro Positivo, o agricultor poderá ter mais facilidade na hora de buscar empréstimo com o crédito rural, pois o histórico de pagamentos relacionados a contas de consumo (como água, luz, gás e telefone) deverão ser avaliados, possibilitando uma melhor análise de risco na hora de conceder ou estender o crédito.
Segundo Sfeir, a concessão de crédito tem muita ligação com a garantia, e o Cadastro Positivo foi criado para fazer uma avaliação do perfil do consumidor. “Mesmo quem é negativado poderá ter acesso a empréstimo”, disse ele.
A inclusão de novos nomes no sistema de crédito do Brasil deverá representar aumento de R$ 82 bilhões no saldo do crédito rural nos próximos 10 anos.
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