A área queimada fica em um terreno entre a beira-mar e a estrada de Maracaípe. Por causa do vento, as chamas se espalharam rapidamente e, nas duas situações, foram vizinhos que apagaram o fogo. Os bombeiros foram chamados na sexta e na segunda, mas moradores contaram que as equipes levaram quase três horas para chegar até o local. A unidade dos bombeiros militares mais próxima fica em Suape, a aproximadamente 20 quilômetros de distância do local do incêndio, e o município não tem uma brigada de bombeiros civis.
A prefeitura de Ipojuca informou que está analisando imagens das câmeras de monitoramento da Secretaria Municipal de Defesa Social para investigar se os incêndios foram criminosos. A prefeitura disse que costumam ser encontrados materiais recicláveis no terreno, como garrafas PET, o que pode ter relação com o fogo. Ao todo, as chamas atingiram uma área de 200 metros quadrados e, segundo o coordenador do movimento Salve Maracaípe, o medo é de que esse cartão postal de Pernambuco seja destruído. "Temos 33 quilômetros de praia aqui em Ipojuca, que tem a maior extensão territorial de praia do Grande Recife, mas a única área verde que temos é essa, que ajuda no microclima local, é fonte de renda para bugueiros, pessoas que vêm tirar foto. Além disso, temos características de vegetação de mata atlântica e, do ponto de vista ecológico e turístico, é muito importante a gente preservar essa área", disse Sidney. Ainda segundo Sidney, falta infraestrutura para fiscalizar a área e combater os incêndios, que têm ocorrido frequentemente no local.
"Há vários focos de incêndio aqui nesta região e, no último que aconteceu aqui, tinha pólvora dentro de um coco. Então, acreditamos que, provavelmente, seja criminoso. Eu estava aqui e vieram apenas três agentes da unidade de defesa ambiental. Três guerreiros, que ficaram aqui até o final, mas eles só tinham pás e é preciso ter abafador. A prefeitura de Ipojuca tem que dar estrutura para conter esse incêndio", afirmou.
Respostas
Por meio de nota, o Corpo de Bombeiros afirmou que "as altas temperaturas, baixa umidade, vegetação muito seca, queimadas provocadas ou mesmo lixo queimado em terrenos baldios próximo da vegetação fazem com que sejam recorrentes os diversos focos de incêndios neste período do ano".
A corporação disse, ainda, que vem atendendo a diversas ocorrências desse tipo no estado "com a maior brevidade possível", que "existem equipes distribuídas estrategicamente na Região Metropolitana do Recife e interior" e que, quando necessário, "equipes mais próximas são acionadas para apoiar os bombeiros da área, com viaturas, equipamentos e pessoal".
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