A Prefeitura de Caruaru tem prezado cada vez mais pela descentralização do São João. Em 2019, isso estará ainda mais forte com a implantação de polos nas comunidades de Lages e Itaúna, totalizando 12 na zona rural. Outra novidade é a ativação do Monte Bom Jesus, que contará com música instrumental – com noites dedicadas à sanfona, pífano, viola e jazz – e levará para os caruaruenses e turistas algo nunca visto no lugar.
Serão quase dois meses de Ciclo Junino com 31 dias de festa, em 24 polos. A festa começa no dia 18 de maio com o “São João da Roça”, em Itaúna e vai até 14 de julho com a realização do Xerém com Galinha na Vila do Rafael.
Para a prefeita Raquel Lyra, o São João de Caruaru se consolida como evento descentralizado. “Estamos com mais dois polos na zona rural. Também vamos oferecer uma programação no Monte Bom Jesus, valorizando a comunidade e este lugar turístico tão importante para nossa cidade. Vamos fazer mais uma vez um grande evento, com atrações que agradam os mais variados públicos”, disse.
No Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, principal palco do evento, a partir do dia 1º de junho, nomes como Marília Mendonça, Bruno e Marrone, Fagner, Fulô de Mandacaru, Léo Santana, Alok, Zé Neto e Cristiano, Petrúcio Amorim, Xand Avião, Jorge de Altinho, Azulão e Elba Ramalho são algumas das atrações que irão abrilhantar a festa.
A identidade visual do São João de Caruaru 2019 conta com a participação xilogravador J. Borges, que produziu quatro obras exclusivas para esta finalidade. Elas retratam a Feira de Caruaru, o Monte Bom Jesus e uma banda de pífanos, além da fonte utilizada. Foram disponibilizadas ainda mais de 30 peças para reprodução. Pela terceira vez, o responsável pela cenografia é o designer e cenógrafo Whalter Holmes, nascido em Caruaru.
Homenageados
Sebastião Biano – Único integrante vivo da original Banda de Pífanos de Caruaru, ele completa 100 anos no dia 23 de junho, véspera do dia de São João. Aprendeu a tocar pífano aos cinco anos e, ainda criança, tocou para Lampião. Na década de 70, o som da Banda de Pífanos foi apresentado a Gilberto Gil, que usou a composição instrumental “Pipoca Moderna”, de Sebastião, para o álbum de 1972.
Severino Vitalino (in memorian) – O artesão Severino Vitalino nasceu no Sítio Campos, na zona rural de Caruaru, e ainda criança mudou-se com a família para o Alto do Moura. Lá viveu até seu falecimento, no dia 7 de janeiro de 2019, aos 78 anos de idade. Severino é filho do Mestre Vitalino e era continuador de sua obra e estilo. Na Casa Museu Mestre Vitalino moldava e vendia suas peças, sempre rememorando com alegria os saudosos tempos em que seu pai estava vivo.
Marlene do Forró – Marlene do Forró é uma autêntica artista caruaruense. Irreverente, canta vários ritmos para agradar seus fãs, mas é no chamado “forró de raiz” onde mostra todo seu esplendor. Com quase 20 anos de carreira e devoção à música nordestina, Marlene é conhecida por sua energia quando sobe ao palco e pela dedicação aos ritmos nordestinos, principalmente o forró, levando-o até no nome.
Fogueteiro Manoel Mamoca (in memorian) – Manoel Bezerra da Silva (1905-1965) chegou em Caruaru na década de 1920 e trouxe consigo a base do artesanato de fogos de artifício, sendo especialista na manufatura de bombas de pavio, chuveirinhos, foguetões, vira-serra e meia-salva. Tradicionalmente era sua a apresentação do espetáculo pirotécnico do réveillon (no Monte do Bom Jesus e sobre o telhado da Igreja da Conceição) durante décadas.
Marrone do Palhoção – Italiano, chegou a Caruaru após passar pelo Rio de Janeiro e Salvador. Na década de 60, começou o Palhoção do Bairro Petrópolis, trazendo artistas famosos como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino e Marinês.
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