Teto de salas na Escola Municipal Doutor Ebenézer Gueiros é escorado por vigas de ferro — Foto: Simpere/Divulgação
Vigas de ferro são expostas sem proteção na Escola Municipal Doutor Ebenézer Gueiros, no Recife — Foto: Simpere/Divulgação
O auxiliar administrativo André Damião é pai de uma aluna do 5º ano. Ele afirma que a filha chegou para o primeiro dia de aula do ano letivo e recebeu o aviso de que a escola havia sido interditada.
"Ao chegar para dar aula, os professores perceberam que o teto continuava com problema e que seria um risco para os alunos, não tinha condições de dar aula com o teto do jeito que estava. Por isso, as aulas foram suspensas", disse André.
Ainda segundo o pai da aluna, a suspensão das salas surpreendeu as famílias. "Pegou todo mundo de surpresa. A escola foi interditada sem aviso prévio, sem nada. E ninguém entrou em contato para avisar que as aulas foram suspensas. As crianças chegavam e eram mandadas para casa. Todos os pais estão revoltados", contou.
Resposta da prefeitura
Por meio de nota, a Seduc informou que foi a secretaria que identificou o problema estrutural e que, "desde 2018, contratou uma consultoria especializada para o desenvolvimento de um projeto de recuperação estrutural". A pasta afirmou, ainda, que as obras foram iniciadas em janeiro e devem ser finalizadas até março de 2019.
Sobre a suspensão das aulas, a Seduc disse que as obras não afetam "diretamente o pleno funcionamento da escola, uma vez que os estudantes seriam relocados para outros espaços dentro da própria unidade", mas que a suspensão ocorreu "para que as obras sejam adiantadas o máximo possível" e que "as aulas serão repostas ao logo do ano letivo".
Escola Municipal Doutor Ebenézer Gueiros, no Recife, tem problemas estruturais — Foto: Simpere/Divulgação
Escola sem ventilador
Também nesta terça (5), cinco das 13 turmas do Educandário Magalhães Bastos, na Várzea, na Zona Oeste do Recife, foram liberadas por volta das 11h, devido a problemas nos ventiladores. Segundo o Simpere, a escola tem, ainda, problemas no piso e nas instalações elétricas, pois tomadas foram fixadas com fitas adesivas, de forma improvisada.
"Conseguimos entrar em contato com a Secretaria de Educação, que se prontificou em realizar uma reunião com o sindicato e a gestão na quarta-feira (6)", afirmou Teoneide.
Sobre o caso, a prefeitura informou que a equipe de manutenção foi ao local nesta terça (5) para reparar os ventiladores. Na nota, a administração municipal também disse que lançou, em 2017, o programa Novo Clima, que prevê a instalação de ares-condicionados em todos os ambientes das 309 escolas da rede municipal de ensino.
Ainda segundo a prefeitura, 70% do parque escolar foi climatizado, mas, em escolas mais antigas, como a Magalhães Bastos, "é necessário fazer uma reforma elétrica para receber os equipamentos e, em alguns casos, é preciso ainda implantar uma subestação". O prazo para a climatização completa é 2020.
A Seduc informou, ainda, que o trabalho de manutenção da rede escolar é feito "de forma constante e ininterrupta". Disse também que, em 2018, "foram investidos R$ 22 milhões em manutenção e pintura das escolas, além de serviços na parte elétrica da rede".
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