Em Pernambuco, 82% das crianças abaixo de um ano foram vacinadas contra poliomielite em 2017, percentual abaixo dos 95% da meta mínima nacional. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), os municípios de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife; Cortês e Palmares, na Zona da Mata; e Frei Miguelinho e Correntes, no Agreste, tiveram cobertura de vacinação abaixo dos 50%.
O último caso de poliomielite registrado em Pernambuco foi em 1988. A vacinação pode ser feita nos postos de saúde de cada município, segundo a SES. As doses são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e devem ser aplicadas aos dois, quatro e seis meses, na forma injetável. Na forma oral, a aplicação deve ser feita aos 15 meses e quatro anos de idade.
“Sabemos que há municípios com dificuldade no registro das vacinações. Temos que revisar esses bancos de dados e tentar resolver esses problemas. Também é preciso fazer buscas ativas das pessoas que ainda não foram vacinadas por meio das Unidades de Saúde da Família”, diz a coordenadora do programa de imunização em Pernambuco, Ana Catarina Melo.
De acordo com Ana Catarina, a análise da cobertura vacinal é feita mensalmente e o estado tem alertado os municípios sobre os baixos índices. A coordenadora informa também que, apesar de ter sido erradicada no Brasil, a poliomielite ainda oferece riscos às crianças.
“Sabemos que, atualmente, apenas Paquistão e Afeganistão têm registros de poliomielite, mas, enquanto há contaminação, precisamos manter os índices vacinais acima de 95%. As pessoas transitam e podem levar a doença para outros lugares”, afirma.
Sarampo
Outra doença que traz alerta à SES é o sarampo, já que houve registro de 199 casos em 2013 e 27 em 2014, último ano da ocorrência. Para o combate a essa enfermidade, a alternativa é a aplicação da vacina tríplice viral, que ainda protege contra rubéola e caxumba.
As doses dessa vacina devem ser aplicadas em crianças com 12 meses e reforçadas aos 15 meses. Para crianças acima dos dois anos e jovens e adultos até os 29 anos que não tenham sido vacinados anteriormente, deve ser feita a aplicação de duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias.
Para adultos entre 30 e 49 anos que não foram imunizados ou não se lembram de terem tomado a vacina, deve ser feita a aplicação de uma única dose. Já os profissionais de saúde não vacinados devem tomar duas doses da vacina, independentemente da idade.
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