Das 23h da terça (10) até as 11h desta quarta (11), a Prefeitura do Recife registrou um volume de 100 mm de chuva. O acumulado equivale ao esperado para dez dias. Desde a sexta (6), a capital pernambucana acumulou 322 mm de chuvas, marca que se aproxima dos 326,3 mm esperados para todo o mês de abril.
Durante a manhã, houve transtornos em diversas áreas da capital pernambucana. No bairro do Porto da Madeira, na Zona Norte do Recife, os moradores estão em alerta e vivem com os móveis suspensos, com medo de a água invadir as casas.Alagamento em rua na Zona Norte do Recife oferece riscos a pedestres (Foto: Reprodução/TV Globo)
“Quando acontece uma chuva dessa, eu fico do lado de fora de casa para acompanhar o nível da água. Por enquanto ainda dá para passar, porque teve dia em que eu já saí com água pela cintura”, conta o aposentado Jonas de Oliveira, morador da região.
Por volta das 4h desta quarta-feira (11), a Agência Pernambucana de Água e Clima (Apac) divulgou um novo alerta de chuvas moderadas a fortes na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata, válido até o mesmo horário da quinta (12).No bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, há vias completamente tomadas pela água (Foto: Reprodução/TV Globo)
Na Rua Dona Virtuosa de Lucena, no mesmo bairro, moradores estão em alerta. “Passei a madrugada acordada. Já levantei todos os móveis e avisei aos meus vizinhos para fazerem o mesmo. A água não chegou a invadir as casas, mas o nível ficou alto”, comenta a moradora Renata Fabíola.
No bairro de Santo Amaro, o alagamento no trecho da Avenida Norte próximo ao cruzamento com a Avenida Cruz Cabugá dificultou a passagem de ônibus e carros. Ainda na Avenida Norte, no bairro do Espinheiro, a área próxima à Rua Quarenta e Oito também ficou completamente alagada, o que complicou o tráfego.
Na Zona Sul do Recife, bairros como a Imbiribeira apresentam alagamentos em diversas vias, como a Avenida Mascarenhas de Moraes, o que dificultou a circulação de veículos ao longo da manhã.Em Afogados, ciclista passa por alagamento nesta quarta (11) (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
O bairro de Campo Grande também apresentou algumas áreas alagadas. “Aqui alaga sempre, até quando a chuva é fraca. Depois são uns cinco dias para secar”, conta a costureira Ana Gláucia Almeida, moradora da Rua José Bento Batista.
Em outras vias de Campo Grande, como a Tenente Fortuna, e a Marquês de Abrantes, os alagamentos também causaram transtornos aos moradores.
Na Zona Oeste da cidade, os bairros de Afogados e da Mustardinha também tiveram vias alagadas devido à chuva. Nas avenidas Cosme Viana e 21 de Abril, a locomoção de ciclistas e pedestres ficou comprometida devido ao volume de água nas pistas.
Olinda
A Defesa Civil de Olinda informou que, até o fim da manhã desta quarta-feira (11), o bairro de Aguazinha foi o que mais registrou acúmulo pluviométrico no município, com 74,90mm de chuva. As equipes estão espalhadas em pontos considerados de risco, entre eles o Córrego dos Carneiros, em Caixa D' Água e a Rua Gilbratar, em Águas Compridas.
Até o fim da manhã, Olinda recebeu aproximadamente 80 chamados da população, entre eles para colocação de lonas, vistorias nas casas e orientações. O órgão está atuando em conjunto com equipes do Corpo de Bombeiros e pode ser acionada pelos moradores 24h por dia por meio de dois telefones: 0800.281.2112 e o (81) 9 9266-5307. Carros tiveram de diminuir velocidade para passar pela Avenida Cosme Viana, tomada pela água nesta quarta-feira (11), no Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
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