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"Nossa ssa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus", informou o Twitter oficial de Lula.A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse ter pedido policiamento às autoridades do Paraná, mas afirmou não ter sido atendida. Ela classificou o episódio como "emboscada".
A Polícia Civil declarou que abriu inquérito para investigar o caso e que será feita uma perícia nos ônibus - uma equipe de peritos está a caminho para vistoriar os ônibus. Já a Polícia Militar (PM) afirmou que aumentou o policiamento no local da caravana.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que pediu atenção das autoridades estaduais para o caso.
"Eu sempre que sou solicitado e que acontece esse tipo de confronto eu procuro as autoridades estaduais para pedir atenção para o caso. Então é uma praxe, eu diria assim, é uma norma que eu tenho seguido quando essas coisas acontecem. Não só agora, mas sempre que acontecer eu vou procurar naturalmente chamar atenção para que exista, e já existe, eu acredito, preocupação com isso, mas que seja redobrado", disse o ministro.
"Nós consideramos um atentado político ao ex-presidente Lula. Daqueles que estão jogando pedras, pedaços de pau, que já atacaram com chicotes e agora usam armas. Aliás, já estão usando armas há algum tempo. Não é um grande contingente de pessoas, mas eles são fortemente armados, seguem a caravana atrapalham, trancam a sua passagem. Nós temos três ônibus e vários carros. Os ônibus são idênticos. Um ônibus foi atingido e ele poderia ser o ônibus do presidente Lula. Poderiam estar ali parlamentares. Estão ali jornalistas tanto brasileiros como de outros países. Nós não podemos aceitar isso. Isso é um atentado político em uma escalada de violência política que está havendo no Brasil", afirmou a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
Caravana Lula
A caravana de Lula pelo Sul tem registrado episódios de violência. No domingo (25), ovos e pedras foram arremessados contra o palanque em que o petista estava em São Miguel do Oeste (SC). Segundo o jornal "O Globo", o ex-deputado Paulo Frateschi, que estava ao lado de Lula, foi atingido e teve de ser levado para o hospital com um ferimento grave na orelha, mas passa bem.
Mais cedo, manifestantes jogaram pedras e ovos contra a comitiva do ex-presidente, na chegada à cidade.
Na tarde de segunda-feira (26), um repórter do jornal "O Globo" foi agredido por um segurança de Lula, durante cobertura de uma manifestação contrária ao petista em Francisco Beltrão. Ao veículo, a assessoria do PT informou que lamentava o ocorrido.
Buracos muito redondinhos
As autoridades federais estão intrigadas com os tiros na caravana de Lula. Isso porque, pelo aspecto das perfurações, os disparos devem ter sido feitos à curta distância e com o veículo parado.
Essas autoridades dizem que, quando um veículo é atingido em movimento, a marca da bala deixa um aspecto de rasgo ou “respingo”. No entanto, as marcas mostradas são redondinhas. E os tiros parecem ter sido disparados de perto, porque o buraco é do mesmo diâmetro da bala. Quando é de longe, o buraco é mais largo, em razão da expansão da energia.
Obviamente, só a perícia da PF pode resolver o enigma do “atentado”.
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