Segundo o coordenador geral do Samu Recife, Leonardo Gomes, a localização de macas adulteradas não acontecia há alguns meses. “Algumas vezes as macas ficam quando não há leitos suficientes no hospital, mas são recuperadas depois. Se percebermos adulteração, fazemos um boletim de ocorrência”, explica, afirmando também que o registro da queixa foi feito na internet após profissionais do Samu encontrarem o equipamento.Maca do Samu Recife foi encontrada no Hospital da Restauração identificada com a palavra “Sertânia” (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Ainda segundo Gomes, a prática foi observada com frequência há cerca de seis meses, o que motivou a abertura de um processo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para apurar as ocorrências. “O que a gente faz para não prejudicar quem precisa de atendimento é ter um número alto de macas por ambulância, para que a gente não prejudique quem precisa de atendimento por causa de desaparecimento ou adulteração”, explica. Procurado pelo G1, o HR informou, através da assessoria de imprensa, não reter macas do Samu ou do Corpo dos Bombeiros por ter macas próprias suficientes. A unidade de saúde espera que o caso seja esclarecido pela polícia.
Apesar de a Secretaria de Saúde do Recife confirmar que o boletim de ocorrência foi feito na internet, a Polícia Civil enviou uma nota para a reportagem informando que, até às 18h25 desta quarta-feira (28), não foi encontrado o registro desse caso no sistema da corporação.
Macas retidas na mira do MPPE
Em outubro de 2017, o Ministério Público de Pernambuco instaurou um inquérito civil público para investigar a retenção e o desvio de macas em unidades de saúde do estado. O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) também realizou uma fiscalização específica para vistoriar o problema, que compromete o trabalho de socorro.
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