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CTT vão encerrar 22 lojas. Argumento de falta de rentabilidade "não pega"

3 de janeiro de 2018

/ by visao surubim
Segundo o site https://www.noticiasaominuto.com: O encerramento destas lojas deverá afetar mais de 50 funcionários. José Rosário, coordenador da Comissão de Trabalhadores, diz ao Notícias ao Minuto que o argumento da falta de rentabilidade das lojas “não pega”.CTT vão encerrar 22 lojas. Argumento de falta de rentabilidade "não pega"Os CTT vão encerrar 22 lojas, uma informação que foi avançada pelo jornal digital Eco, e que o Notícias ao Minuto confirmou junto do coordenador da Comissão de Trabalhadores dos CTT, José Rosário.                                                                                     Apesar da reestruturação dos CTT prever o encerramento de lojas não rentáveis, a Comissão de Trabalhadores foi apanhada de surpresa pela decisão da empresa de encerrar um número tão elevado de balcões.
No dia 27 de dezembro a Comissão de Trabalhadores esteve reunida com o conselho de administração dos CTT e nada fazia prever o encerramento deste número de balcões.
"O que nos disseram foi o que nos têm dito ao longo dos tempos. Todos os anos a empresa encerra um, dois, três balcões, e abre um ou dois balcões, em função das movimentações das populações. Tudo o que for para além disto é uma situação extraordinária e neste caso 21 lojas não é uma ou duas. Estamos no primeiro dia do ano. Vamos ver o que vem aí", adiantou José Rosário.
Na semana passada já tinha sido pedido o parecer para o encerramento da loja no Arco da Calheta, na Madeira. Agora foi pedido o parecer para o encerramento de mais 21 lojas. 
As lojas em questão são as seguintes: Socorro, Olaias e Junqueira em Lisboa; Filipa de Lencastre, de Belas; Camarate, do concelho de Loures; Lavradio, no Barreiro; Aldeia de Paio Pires, no Seixal; Alpiarça, em Santarém; Universidade, em Aveiro; Barrosinhas, em Águeda; Alferrarede, em Abrantes;  Galiza, Asprelas e Areosa, no Porto; Freamunde, em Paços de Ferreira; Paços de Brandão, em Santa Maria da Feira; Riba d'Ave, em Vila Nova de Famalicão; Termas de São Vincente, em Penafiel; Araucare, em Vila Real; Avenida, em Loulé; Calheta, em Ponta Delgada.
Esta decisão dos CTT deverá afetar 53 funcionários da empresa, segundo José Rosário, que não concorda com o argumento da falta de rentabilidade utilizado pelos CTT para encerrar lojas. 
"Esse argumento não pega. Haverá aqui algumas lojas que não são rentáveis, em que o custo de manutenção, os ordenados, água, luz, portanto todo o equipamento necessário à loja são superiores às receitas. Mas dou-lhe um exemplo muito concreto. A loja do Socorro tem uma rentabilidade significativa, superior a 100 mil euros. Portanto, não é verdade que todas as lojas não sejam rentáveis para os CTT. Há aqui lojas que são lucrativas", diz José Rosário.
O coordenador da Comissão de Trabalhadores fala também numa "estratégia de realização de dinheiro a curto prazo mediante a venda dos edifícios, redução de custos acelerada, comprometendo até o futuro" da empresa. 
Nestas declarações, José Rosário lembra ainda que no ano passado os CTT pagaram aos accionistas 10 milhões de euros acima dos resultados da empresa. "Este ano propõe-se a pagar aos accionistas uma verba que é sensivelmente um pouco mais do dobro do valor dos resultados da empresa nos primeiros nove meses do ano. A administração em nome dos accionistas está a esgotar os recursos dos CTT, pagando dividendos muito acima dos resultados da empresa". 
A Comissão de Trabalhadores tem agora dez dias para dar o seu parecer, mas como José Rosário lamentou ao Notícias ao Minuto, o pedido do parecer "deveria ter impacto, mas não passa de uma mera formalidade"

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