De acordo com a unidade de saúde, isso quer dizer que a garota está com os olhos abertos, mas não apresenta reflexos voluntários.
Ainda segundo o hospital, Marcela recebe cuidados diários em reabilitação neurológica, motora e respiratória. De acordo com boletim divulgado no dia 8 de dezembro, a criança parou de respirar com a ajuda de aparelhos.
A menina é a única sobrevivente que permanece internada após o acidente, já que seu pai, o advogado Miguel de Arruda da Motta Silveira Filho, de 46 anos, recebeu alta no dia 10 de dezembro.Carro ficou destruído após colisão na Zona Norte do Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)
O acidente, ocorrido no cruzamento entre a Estrada do Arraial e a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, resultou na morte de três pessoas: Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, 39 anos; o filho dela, Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos; e a babá das crianças, Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida. Mãe e filho foram sepultados em um cemitério em Paulista, no Grande Recife, enquanto Roseane foi enterrada em Aliança, na Zona da Mata Norte do estado. Após o acidente, as vítimas receberam homenagens no local da colisão, através de flores e de um “abraço” dado por voluntários da ONG Novo Jeito no cruzamento em que ocorreu o acidente. Grupo de voluntários 'abraça' cruzamento em que ocorreu acidente de trânsito na Zona Norte do Recife (Foto: Carol Lopes/Novo Jeito/Divulgação)
Motorista vira réu
No dia do acidente, João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista do veículo que colidiu com o carro em que estavam as outras vítimas, foi detido pela Polícia Civil. Em 27 de novembro, após uma audiência de custódia, ele teve a prisão preventiva decretada e seguiu para o Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, divulgadas em 5 de novembro, João Victor ingeriu álcool durante horas consecutivas. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora. Segundo o inquérito, ele começou a beber com amigos em um bar em Casa Caiada, em Olinda. O universitário ficou no local até as 16h do dia do acidente. Ao todo, o grupo consumiu de oito a nove garrafas de cerveja. (Veja vídeo acima)
Após denúncia-crime do MPPE, oferecida no dia 7 de dezembro, a 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital aceitou a posição do Ministério Público contra o motorista. Agora réu, ele responde por homicídio duplamente qualificado de três pessoas e por tentativa de homicídio duplamente qualificado de duas vítimas.
A defesa de João Victor chegou a fazer um pedido de prisão domiciliar, mas a solicitação foi negada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Na visão do promotor da 49ª Promotoria de Justiça do órgão, André Rabelo, o jovem de 25 anos não tem problemas mentais, o que, segundo ele, foi uma justificativa da defesa para fazer o pedido.
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