O Exército do Estado judeu disse que centenas de palestinos estavam rolando pneus em chamas e atirando pedras nos soldados através da fronteira. "Durante os tumultos, soldados das IDF (Forças de Defesa de Israel) dispararam seletivamente contra dois dos principais instigadores, e ferimentos foram confirmados", disse.Mais de 80 palestinos foram feridos na Cisjordânia ocupada e em Gaza devido a disparos de munição letal e de balas de borracha dos israelenses, de acordo com o serviço de ambulâncias do Crescente Vermelho palestino. Dezenas mais passaram mal devido à inalação de gás lacrimogêneo. Na quinta-feira 31 pessoas já haviam ficado feridas.
À medida que as orações de sexta-feira terminavam na mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém, fiéis seguiram para os muros da Cidade Velha bradando "Jerusalém é nossa, Jerusalém é nossa capital" e "Não precisamos de palavras vazias, precisamos de pedras e Kalashnikovs". Houve choques entre manifestantes e policiais.
Em Hebron, Belém e Nablus, dúzias de palestinos atiraram pedras em soldados israelenses, que reagiram disparando gás lacrimogêneo.Em Gaza, controlada pelo grupo islâmico Hamas, os clamores para os fiéis protestarem foram proclamados nos alto-falantes de mesquitas. O Hamas pediu um novo levante palestino como as intifadas de 1987-1993 e 2000-2005, que juntas resultaram nas mortes de milhares de palestinos e mais de mil israelenses."Quem quer que transfira sua embaixada para Jerusalém ocupada se tornará inimigo dos palestinos e um alvo de facções palestinas", disse o líder do Hamas, Fathy Hammad, enquanto manifestantes queimavam pôsteres de Trump em Gaza."Declaramos uma intifada até a libertação de Jerusalém e de toda a Palestina".A maioria dos países considera Jerusalém Oriental, que Israel capturou na Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexou, um território ocupado, que inclui a Cidade Velha, sede de santuários judeus, muçulmanos e cristãos.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, pareceu desafiador nesta sexta-feira.
"Rejeitamos a decisão norte-americana sobre Jerusalém. Com esta posição, os Estados Unidos já não se qualificam para patrocinar o processo de paz", disse Abbas em comunicado.
Vídeo: Palestinos se revoltam em Jerusalém
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