
Impressionante que, por conta do meu preconceito, acabei me privando de conhecer alguns bons autores. Penso que, não fosse o apelo comercial desses ritmos mais populares, eles poderiam compor boa MPB. Ver-me forçada a este ostracismo da boa música não foi tão ruim afinal. Serviu para mostrar-me que não devo ser tão rigorosa com as minhas escolhas e preferências. E isso pode ser observado em outros aspectos de nossa vida. Quantas vezes nos fechamos ao novo, ao diferente, por pura convenção? Como saber o que é bom ou ruim, certo ou errado, se me recuso a ter contato com o que não me é reconhecidamente bom. Em tudo é possível identificar alguma coisa boa e é importante não assumir uma postura maniqueísta diante de nosso cotidiano.
Enfim diante dessa experiência reveladora, decido baixar um pouco a guarda, reduzir minha resistência. Enquanto penso isso, uma nova seqüência se inicia: “créu”, “tô ficando molhadinha” e por aí vai. Diante de tão forte argumento não há decisão que se mantenha e concluo que um pouco de restrição também não é de todo ruim.
Amanhã, sem falta, compro fones de ouvido.
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