"Por falta de recursos orçamentários, as Forças Armadas não participaram das últimas ações integradas das Forças de Segurança no estado, entre elas, a Operação Constantinopla, realizada em Campos, na região Norte Fluminense do Rio, no dia 13, quando foram cumpridos cerca de 50 mandados de prisão. Segundo fontes da Segurança, das quatro operações realizadas com a participação das Forças Armadas, duas delas ainda não teriam os recursos orçamentários quitados", aponta reportagem de Elenice Bottari, no Globo.
"O Estado-Maior Conjunto, composto por representantes das três Forças Armadas e de órgãos de Segurança Pública federais e estaduais, permanece em condições de realizar o planejamento e a coordenação de ações integradas, mediante solicitação da Secretaria de Estado de Segurança (SESEG), e aguarda provimento de recursos orçamentários para o desencadeamento de novas operações. O balanço de operações é divulgado pela SESEG", aponta ainda uma nota do Comando Militar do Leste.
O protesto contra a falta de verbas foi feito pelo próprio comandante das Forças Armadas. “Conduzo seguidas reuniões sobre a gestão dos cortes orçamentários impostos ao @exercitooficial. Fazemos nosso dever de casa, mas há limites”, postou no seu twitter Villas Boas.
A esse respeito, leia artigo de Fernando Brito, editor do Tijolaço:
A reporter Elenilce Bottari, em O Globo, revela que, há dois dias, os militares do Exército não participam de operações ditas de “garantia da lei e da ordem” para as quais foram mobilizados, com grande espalhafato, há dois meses e que, dias atrás , foi estendida até o próximo ano.
O motivo? Os cortes ordenados pelo Ministério da Fazenda, por ordem de Michel Temer, deixaram as Forças Armadas sem dinheiro.
Das quatro operações realizadas, os custos de duas não foram repostos e saiu da despesa de manutenção dos quartéis, onde já não são suficientes.
Já era constrangedor que as Forças Armadas tenha sido utilizadas de improviso, sem um planejamento que lhes permitisse serem eficientes. Agora, é humilhante fazer com que elas, agora, fiquem na posição de “passar o capacete” por algumas migalhas que lhes permitam atividades caras, como mobilizar milhares de soldados e centenas de caminhões e carros de combate.
A matéria reproduz nota do Comando Militar do Leste confirmando a suspensão provisória das ações no estado: “O Estado-Maior Conjunto, composto por representantes das três Forças Armadas e de órgãos de Segurança Pública federais e estaduais (…) aguarda provimento de recursos orçamentários para o desencadeamento de novas operações.
Como já se disse aqui, várias vezes, os cortes impostos para cumprir a “meta de rombo” são desastrosas. Se cortam dos militares, imaginem o que se faz com os civis da saúde e da educação.
A propósito, O Hospital Universitário do Fundão, da UFRJ e um dos maiores do Rio, anunciou hoje que vai suspender o atendimento de pacientes com doenças graves, porque os recursos que correspondem à parte educacional não são repassados, porque a Universidade não os recebe do MEC.
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